Minhas impressões: Quantico
Esse texto pode conter alguns spoilers que não farão diferença na sua vida.
A sinopse oficial de Quantico diz "Divida entre o tempo presente e o futuro, a história gira em torno de um grupo de recrutas do FBI que recebe treinamento na Virginia no tempo presente. Em flashfoowards, veremos que um dos recrutas se revela um terrorista que realizou um dos mais surpreendentes ataques em solo americano desde o 11 de setembro", mas logo no primeiro episódio descobrimos que, supostamente, esse recruta é Alex Parrish, a protagonista da série. Consciente que foi incriminada por um de seus colegas, Alex que foi a primeira de sua turma em Quantico, base de treinamento do FBI, resolve fugir em busca do real culpado, enquanto é perseguida pelos agentes que acreditam que ela seja a terrorista.
Essa dinâmica de flashforwards talvez seja o melhor trunfo da série, tem sido muito bem executada, construindo os perfis de cada personagem que são peças importantes para a história. As cenas do presente podem nos fazer duvidar de todo e qualquer personagem que ronda Alex, todos têm segredos e são demonstrados como verdadeiros mentirosos, atenção para Nathalie Vasquez, Shelby Wyatt, Simon Asher e Liam O'Connor com os segredos que ainda não conseguimos desvendar. As mentiras sustentadas por todos e em especial por esses quatro, fazem deles ótimos candidatos a idealizadores da conspiração, embora eu acredite que é um artifício do roteiro para tentar nos surpreender. Ainda é cedo para apontar um provável suspeito, no momento eu desconfio de todo mundo.
Como ponto negativo, acredito que, por vezes, a série opta por caminhos muito fáceis, clichês desnecessários, como por exemplo a disputa entre Alex e Nathalie que no fim das contas parece ser uma briga por Ryan Booth. Qque original! Duas mulheres disputando quem é mais badass e no fim das contas é sobre um cara. Ou ainda, a questão de o pai da protagonista ter sido um bom agente e um péssimo marido e a mensagem da série é que uma coisa não está ligada a outra. Ah, não diga. Então bons profissionais são automaticamente boas pessoas? Dá pra ver que foi uma saída fácil do roteiro para que Alex não se martirizasse ainda mais a repeito do que aconteceu com seu pai e resolvesse não sair do Bureau, coisa de roteiro preguiçoso.
A atuação não chega a ser um problema, mas também não é primorosa, com exceção de Aunjuane Ellis que interpreta a diretora assistente Miranda Shaw e Yasmine Al Massri que interepreta as gêmeas que fingem ser uma pessoa só, a atriz tem conseguido diferenciar as duas de maneira convincente. Quanto aos protagonistas, a Alex de Pryanka Chopra ainda não me convenceu e Jake McLaughlin (Ryan) é apenas mediano (ainda sofro com as atuações dele em Believe).
Mas enfim, a série tem potencial. Só não sei tem fôlego para mais de uma temporada. Caso seja renovada vai perder o seu propósito, mas isso não significa que seja uma coisa ruim. No momento, minha nota para a série é 6,5.
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