Universo de Dan Brown volta aos cinemas com “Inferno”
Com
estreia prevista para 2016, crítica e público começam a especular como será o
terceiro filme da série
Robert
Langdon irá retornar às telas do cinema. A Sony confirmou que o último livro de
Dan Brown, Inferno, será adaptado e tem estreia prevista para
outubro de 2016, com Tom Hanks retornando no papel do simbologista de Harvard.
A direção ficará por conta de Ron Howard, que também dirigiu O Código
Da Vinci e Anjos e Demônios, outras duas adaptações do
famoso autor. Quem cuidou do roteiro foi David Koepp, que
também escreveu para o segundo filme. As filmagens começaram em abril de 2015 e
além de Hanks o longa conta também com Felicity Jones (A Teoria de Tudo), Irfan
Khan (As Aventuras de Pi) e Omar Sy (Intocáveis), entre outros.
A trama de Inferno tem como cenário
a Itália (o mesmo país em que se passa Anjos e Demônios) e tem como pano de
fundo uma das histórias mais famosas da literatura: O Inferno, de Dante Alighieri. Mais uma vez, Robert Langdon embarca numa aventura e
corre contra o tempo para desvendar um mistério que intriga e assusta e ainda
precisa fugir de perigosos assassinos. Neste livro, Dan Brown repete a fórmula
que o consagrou nos livros anteriores, com elementos similares e uma mistura de
obras de arte, ciência e tecnologia, ação e mistério. A maneira quase idêntica
de escrever os livros parece não agradar tanto os leitores como costumava
fazer. Lançado em maio de 2013, em sua semana de estreia, Inferno vendeu apenas
metade de exemplares em relação ao livro anterior, O Símbolo Perdido, o que pode representar certo desgaste da receita usada
pelo escritor.
O melhor dos três filmes
O baixo rendimento do livro não significa que o filme irá ser um
fracasso de bilheterias, para Reinaldo Glioche, jornalista,
crítico de cinema e autor do blog “Cineclube”, do IG, os fãs do simbologista
podem esperar um filme “seguramente melhor do
que os anteriores”. Para ele, o professor de Harvard faz lembrar uma lenda do
cinema: “Robert Langdon é uma espécie de Indiana Jones mais sofisticado e Ron
Howard, o diretor à frente da franquia, já percebeu isso. Ainda que o livroAnjos
e Demônios seja inferior a O Código Da Vinci, o filme é muito mais cinemático, convidativo e aprazível ao olhar.
Isso quer dizer que Howard e Akiva Goldsman, o roteirista, dominaram as
minúcias da adaptação da obra de Dan Brown, que de maneira geral já escreve
pensando na adaptação cinematográfica”.
Vai mudar muita coisa?
Para os fãs incondicionais, mesmo que o livro não seja primoroso em
questões de trazer novos elementos à história, a grande questão é quanto do que
foi escrito por Dan Brown será modificado na passagem para a tela grande.
Leitores apaixonados sempre reclamam que alguma cena foi cortada ou outra
inventada na adaptação. Reinaldo Glioche acredita que não serão necessárias
muitas interferências no roteiro: “A trama formulada por Brown favorece um
filme com muito mais ação e frenesi. O mote de ameaça
biológica já vem pronto para uma adaptação cinematográfica. Acredito que Inferno, por
ter sido escrito com a consciência de que seria levado ao cinema mais adiante,
será o filme com menos intervenções criativas na transição”.
Até o momento não há informações sobre os atores
que devem interpretar os personagens de Inferno,
apenas Tom Hanks foi confirmado no elenco. O ator, inclusive, pode ser um dos
motivos para o sucesso de O
Código Da Vinci e Anjos e Demônios. Ele consegue interpretar com
perfeição o intelectual Robert Langdon. Glioche afirma que o principal ponto
que personagem e intérprete têm em comum é o carisma, mas considera outros
aspectos que tornam o eterno Forest
Gumpperfeito para o papel do simbologista: “Hanks é hábil ao expressar uma
inteligência acima do normal, atendendo outra exigência. A timidez introjetada
em uma indisfarçável vaidade é outro elemento que aproxima ator e personagem”,
afirma.
A série
cinematográfica que tem Robert Langdon com protagonista, não adaptou o terceiro
livro da saga, O Símbolo Perdido, por problemas sobre direção
e roteiro, mas ainda não há confirmação de que a história não deva virar filme
em algum momento. Essa é uma das vantagens das histórias de Dan Brown: mesmo
que tratem do mesmo personagem, elas podem ser lidas e adaptadas fora da ordem
de publicação sem que haja grandes problemas de entendimento, tendo em vista
que não são continuações.
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